Bolo 1 A origem do bolo

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Professora: Desta vez vamos falar de bolos.

Vamos começar com a origem da palavra bolo. A palavra bolo vem da palavra nórdica antiga “kaka”.

Estudante: Eh, parece um jogador de futebol. Como era o bolo nos tempos antigos?

Professora: Na antiguidade, o bolo era um pão redondo e achatado, adoçado com mel e por vezes coberto com nozes.

Os gregos antigos faziam uma espécie de cheesecake, e os romanos são conhecidos pelos seus bolos básicos feitos de trigo ou cevada, misturados com nozes, mel e frutos secos. Os romanos faziam um bolo básico feito de trigo ou cevada misturado com nozes, mel e frutos secos, que também era usado como uma oferenda aos deuses.

Estudante: É muito diferente do que eu pensava que seria. É como um pão doce.

Professora: Sim, é. Agora avançamos no tempo até à Europa medieval. Neste período, a confeção de bolos tornou-se uma profissão respeitável. Criaram-se corporações de padeiros e experimentaram-se diferentes tipos de bolos. À medida que o açúcar e a farinha se tornavam mais refinados, produziam-se bolos mais leves e mais variados.

A invenção do fermento em pó, no século XVIII, elevou o fabrico de bolos a um novo patamar. Foram produzidos bolos mais leves e mais fofos, com os quais estamos familiarizados atualmente.

Aluno: Então os bolos que comemos hoje são o resultado de séculos de evolução?

Professora: É exatamente isso. A introdução do fermento em pó teve um impacto particularmente grande. E os bolos tornaram-se um símbolo de celebração e cerimónia. São consumidos em aniversários, casamentos, aniversários e muitas outras ocasiões.

Vejamos alguns dos bolos modernos mais populares. Já ouviste falar de Sachertorte?

Estudante: Já ouvi falar. É um bolo de chocolate, não é?

Professora: Sim, é. A Sachertorte é um tipo de bolo de chocolate (torte) inventado pelo austríaco Franz Sacher em 1832. É uma famosa especialidade vienense. Comi-o efetivamente em Viena e o seu sabor é muito rico e doce.

Na vizinha Alemanha, existe também um famoso bolo de chocolate. O “Bolo da Floresta Negra” alemão é conhecido pela sua combinação de chocolate, cerejas e natas e, também aqui, o sabor agridoce das cerejas é um bom acento.

Aluno: Hmm, gostava de experimentar os dois.

Professora: Isso faz-me lembrar, aqui está uma curiosidade. Se não há pão, porque é que não há bolo? É amplamente conhecido como o ditado de Maria Antonieta, mas sabiam que não há provas de que ela o tenha dito?

Estudante: É uma calúnia terrível… Essas foram as únicas palavras de Maria Antonieta que eu conheço, só isso.

PROFESSORA: Diz-se que é por causa de um livro bastante famoso chamado Confissões, do filósofo francês Rousseau, que é bem conhecido nos manuais de história e famoso pela sua teoria do contrato social. Nele, há uma história sobre uma princesa que disse que, se não tivesse pão, podia comer brioche, que se pensa ter sido mais tarde substituído por Maria Antonieta por alguma razão e que se espalhou.

Aluno: A princesa não é Maria Antonieta?

Professora: Para além de ser irrelevante em termos da data de publicação do livro, historicamente, a princesa da Áustria, que se casa com a França e causa uma perturbação diplomática, é Maria Antonieta.

Estudante: ela não é uma princesa quando vai para França com Rousseau.

Espera, e tu disseste brioche há pouco, não foi? Isso é um bolo?

Professora: Não, claro que não é um bolo. É um pão com mais manteiga.

Aluno: Nada disto está correto.

Professora: Claro que Rousseau não está a criticar Maria Antonieta, a princesa austríaca. Tenho pena tanto de Maria Antonieta como de Rousseau, porque interpretaram como quiseram, apesar de não terem feito por mal.

Estudante: É terrível. E agora que penso nisso, esta curiosidade não era sobre bolos.

Professora: Exatamente. Na verdade, eram curiosidades sobre pão, apesar de lhe termos dedicado muito papel. Na literatura e no cinema, o bolo simboliza muitas vezes uma celebração ou um ponto de viragem. Há também a importante cena em Alice no País das Maravilhas em que Alice cresce a comer bolo, por exemplo.

ESTUDANTE: Não precisas de me obrigar a dizer algo como trivialidades.

Por falar nisso, e os bolos na Ásia?

Professora: Obrigada pela boa pergunta. Os bolos asiáticos são muito diferentes dos bolos ocidentais. A maior parte deles são cozinhados a vapor em vez de cozidos e alguns deles usam ingredientes como arroz e feijão.

Estudante: Oh meu Deus.

Professora: Na China, por exemplo, comemos bolos de lua durante o Festival do Meio outono, que é uma categoria de bolo do ponto de vista ocidental. Os bolos da lua são bolos redondos recheados com pasta de feijão vermelho ou de sementes de lótus, muitas vezes com gemas de ovo salgadas para simbolizar a lua. No Japão, existem também bolos de arroz feitos de arroz japonês de grão curto. São tradicionalmente feitos numa cerimónia chamada “mochitsuki”.

Estudante: Já comi mochi e é delicioso! Esses também são bolos?

Professora: São bolos de arroz. Só os que são feitos com farinha é que não são bolos. E o fermento em pó não é um elemento essencial do bolo, como já foi referido.

Estudante: Isso é verdade quando se coloca a questão dessa forma.

Professora: Penso que um bolo de arroz kinako com pó de soja e molho de açúcar mascavado, por exemplo, é tão rico como uma Sachertorte, embora a forma seja diferente. Do ponto de vista europeu, o Akafuku, uma lembrança famosa de Mie, no Japão, que é um bolo de arroz envolto em anko (pasta de feijão doce), também é um bom bolo.

Estudante: Também gosto do Akafuku de gelo raspado no verão e da versão oshiruko no inverno.

Professora: Parece que sabes mais sobre o Akafuku do que eu.

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